A enclavar desde 2005

«São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.»
Professor Agostinho da Silva





23 fevereiro 2007

SLBH5N1

Todos os anos sinto a agoniante pontada de dor: há uma semana da temporada em que a equipa de futebol do SLB parece tão mecanizada (Deus me perdoe!) que me parece possível que venha a ganhar um troféu.

Normalmente, (excepção para o torneio do Dubai) acaba por ser a prestigiada Taça “Jean-Pierre Joue Avec Moi et Laisse L’Autre Fiston en Paix”, organizada em Paris e comemorada efusivamente com voltas de honra ao campo, emigrantes em delírio febril, o Vieira em cuecas no balneário, os corpos sociais com bebedeiras de caixão à cova e um ou outro jogador, que já representaram o Sporting ou o FC Porto, envergonhados a um canto com aquele pardieiro. Enfim, o costume!

Ora, a semana de 2007 é esta e a dor foi provocada pelas difíceis, mas justas, vitórias dos ogres na Madeira e em Bucareste.

É verdade: já nos rimos muito esta época. Pelas minhas contas, foram sete derrotas em jogos oficiais (3 para o campeonato, 1 para a Taça de Portugal, 3 para a Liga dos Campeões). Foram os casos de doping. Foram os bem humorados boletins clínicos, espécie de caixa de sortidos, da qual nunca sabemos que guloseima vai sair. Foram os dálmatas de porcelana e os cortinados de chita arrestados ao Veiga. Foram os discursos do Vieira. Foram os dálmatas e os cortinados devolvidos ao Veiga. E foram, outra vez, os discursos do Vieira. Foram as prometidas saídas do Smeagol (pequeno hobbit Simão) e do gigante (cabeça de melão com orelhas).

Temo o pior.

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