A enclavar desde 2005

«São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.»
Professor Agostinho da Silva





16 setembro 2009

É assim que ele trata os jornalistas

Com excepção do Ricardo Costa (irmão do Presidente da CM Lisboa) e de mais um ou outro, o PM acha-se no direito de corrigir e ensinar contantemente os entrevistadores. Já o tinha feito a Judite de Sousa, desta vez foi Maria Flor Pedroso, na Antena 1.

Afinal não era só com a Manuela Moura Guedes...

Pena o PM não ter permitido imagens...

5 comentários:

Rapsag disse...

(E eu a pensar que me aguentava)

Para além estar uma montagem muito aprumada, o que agrada a pessoas que passam a vida a criticar assuntos de merda, esta tem sido a campanha para acabar com o governo!

Dizia ela: "ah e tal você foi primeiro aos gato fedorento..." E????????? Há gente que se acha mais do que é... e diga-se de passagem, bela entrevista...

Para o tirar de lá porque não tentam, por exemplo, criticar e depois apresentar uma solução?
Mas não, é como no ENCLAVADO, muita parra e pouca uva...

Falar é fácil, fazer é que é o *******

Eu nem quero imaginar se o PS ganha as eleições... o enclavado vai falar do quê? Sim porque, sporting, zero! Tanto se falou desse clube.

Confesso que não vinha ao enclavado há uma semanita, mais coisa menos coisa... Hoje pensei, tenho um primo com um trauma qualquer em relação a este Primeiro-ministro, isto não é normal!

Viste os debates? Viste bem a "murralha" que o quer substituir?

Mas eu desconfio qual seja o teu trauma, tentas meter em causa uma Governação só porque tu e os teus colegas deixaram de ser "especiais". Quem achar que estás preocupado com o país, está muito enganado… tudo começou quando os professores deixaram de ser intocáveis e de estarem a mamar sem fazer NADA! Felizmente há excepções! Sim porque quem critica a avaliação, já lá está entranhado. Querem avaliação? QUAL? COMO? Logo se vê não é?

Bem sei que o voto é secreto, mas gostava de saber em quem vais votar... Talvez na família Adams!

Até dia 27... Com o PS no Governo, espero!

Apesar de tudo… “és um ganda gajo!”
Abraço


Nota: Anda por aí um anónimo que assina "TRAPZAP", podia dar menos nas vistas... Esse é daqueles que não diz quem é porque está demasiado próximo, mas continua a achar que é "anónimo". TRAPZAP...onde é que eu já ouvi isto? ahahahaha ;)

Unknown disse...

TVI - A Minha Leitura (José Niza)


Fui director de programas da RTP e depois seu administrador. E
garanto-vos que, se alguma vez algum apresentador ou jornalista desse
uma entrevista a chamar-me "estúpido", a primeira coisa que
aconteceria seria o cancelamento imediato do seu programa,
independentemente de haver ou não eleições em curso.

Por isso me parece incompreensível que, embora rios de tinta já se
tenham escrito sobre o cancelamento do jornal nacional que Manuela
Moura Guedes (MMG) apresentava na TVI, todos os analistas e
comentadores tenham ignorado a explosiva e provocatória entrevista que
MMG deu ao Diário de Notícias dias antes de a administração da TVI lhe
ter acabado com o programa.

Em meu entender essa entrevista, realizada com antecedência para ser
publicada no dia do regresso de MMG com o seu jornal nacional, foi a
gota de água que precipitou a decisão da TVI. É que, o seu conteúdo,
de tão explosivo e provocatório que era, começou a ser divulgado dias
antes. E se chegou ao meu conhecimento, mais cedo terá chegado à
administração da TVI.

Nessa entrevista MMG chama "estúpidos" aos seus superiores. Aliás, as
palavras "estúpidos" e "estupidez" aparecem várias vezes sempre que
MMG se refere à administração.

É um documento que merece ser analisado, não somente do ângulo
jornalístico, mas sobretudo do ponto de vista comportamental. É uma
entrevista de uma pessoa claramente perturbada, convicta de que é a
maior ("Eu sou a Manuela Moura Guedes"!) e que se sente perseguida por
toda a gente. (Em psiquiatria esse tipo de fenómenos são conhecidos
por "ideias delirantes", de grandeza ou de perseguição).

MMG diz-se perseguida pela administração da TVI; afirma que os
accionistas da PRISA são "ignorantes"; considera-se "um alvo a
abater"; acusa José Alberto de Carvalho, José Rodrigues dos Santos e
Judite de Sousa de fazerem "fretes ao governo" e de serem "cobardes";
acusa o Sindicato dos Jornalistas de pessoas que "nunca fizeram a
ponta de um corno na vida"; diz que o programa da RTP 2, Clube de
Jornalistas, é uma "porcaria"; provoca a ERC (Entidade Reguladora da
Comunicação Social); arrasa Miguel Sousa Tavares e Pacheco Pereira,
etc.

E quando o entrevistador lhe pergunta se um pivô de telejornal não
deve ser "imparcial", "equidistante", "ponderado", ela responde:
"Então metam lá uma boneca insuflável"!

Como é que a uma pessoa que assim "pensa" e assim se comporta, pode
ser dado tempo de antena em qualquer televisão minimamente
responsável?

(continua)

Unknown disse...

Ao contrário do que alguns pretendem fazer crer - e como sublinhou
Mário Soares - esta questão não tem nada a ver com liberdade de
imprensa ou com a falta dela. Trata-se, simplesmente, de um acto e de
uma imperativa decisão administrativa, e de bom senso democrático.

Como é que alguém, ou algum programa, a coberto da liberdade de
imprensa, pode impunemente acusar, sem provas, pessoas inocentes? É
que a liberdade de imprensa não é um valor absoluto, tem os seus
limites, implica também responsabilidades. E quando se pisa esse
risco, está tudo caldeirado. Há, no entanto, uma coisa que falta: uma
explicação totalmente clara e convincente por parte da administração
da TVI, que ainda não foi dada.

Vale também a pena considerar os posicionamentos político-partidários
de MMG e do seu marido.

J. E. Moniz tem, desde Mário Soares, um ódio visceral ao PS. Sei do
que falo. MMG foi deputada do CDS na AR.Até aqui, nada de
especialmente especial.

O que já não está bem - e é criminoso - é que ambos se sirvam de um
telejornal para impunemente acusarem pessoas inocentes, sem quaisquer
provas, instilando insinuações e induzindo suspeições.

Ainda mais reles é o miserável aproveitamento partidário que, a
começar no PSD e em M. F. Leite, e a acabar em Louçã e no BE, está a
ser feito. Estes líderes políticos, tal como Paulo Portas e Jerónimo
de Sousa, sabem muito bem, que nem Sócrates nem o governo tiveram
qualquer influência no caso TVI. Eles sabem isto. Mas Salazar dizia:
"O que parece, é"!

E eles aprenderam.




- 1984. Eu era, então, administrador da RTP. Um dia a minha secretária
disse-me que uma das apresentadoras tinha urgência em falar comigo: -
"Venho pedir-lhe se me deixa ir para a informação, quero ser
jornalista"! Perguntei-lhe se tinha algum curso de jornalismo. Não
tinha. Perguntei-lhe se, ao menos, tinha alguma experiência
jornalística, num jornal, numa rádio... Não tinha. "O que eu quero é
ser jornalista"! Percebi que estava perante uma pessoa tão determinada
quanto ignorante. E disse-lhe: "Vá falar com o director de informação;
se ele a aceitar, eu passo-lhe a guia de marcha e deixo-a ir". A
magricelas conseguiu. Dias depois, na primeira entrevista que fez - no
caso, ao presidente do Sporting, João Rocha - a peixeirada foi tão
grande que ficou de castigo e sem microfone uma data de tempo.

P.S.

A jovem apresentadora chamava-se Manuela Moura Guedes.

E se eu soubesse o que sei hoje...

Anónimo disse...

blá blá blá

corradi disse...

Manuel Marques, já viu o que as guias de marcha dão? falta de profissionalismo.
Considero a RTP, especialmente a redacção do norte, a melhor do país. No entanto sei que a RTP continua a passar esse tipo de guias, principalmente o sub-director JMP. Certamente deve conhece-lo e partilhar da mesma opinião.