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«São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.»
Professor Agostinho da Silva





12 maio 2011

Portugal tem a maior quebra do poder de compra em 27 anos

Preços continuam a subir e penalizam ainda mais a evolução dos salários.

A escalada dos preços - confirmada ontem pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) - promete desvalorizar os salários médios de toda a economia, mas os funcionários públicos estarão entre os principais afectados.

Pelo segundo mês consecutivo, os preços voltaram a subir em Abril. De acordo com os números divulgados ontem pelo INE, a inflação acelerou para 4,1%, quando comparada com o mesmo mês do ano passado. Aplicando este aumento de preços à previsão mais recente da Comissão Europeia para a evolução dos salários (-1,3%), verifica-se que este ano os consumidores podem esperar uma perda de poder de compra real na ordem dos 5,4%.

A desvalorização das remunerações será a mais agressiva desde 1984, exactamente o ano que se seguiu à última intervenção do FMI no país, e em que se registou uma perda de poder de compra de 9,2%.

Mas para os funcionários públicos o cenário será ainda mais negro. Ao corte médio de 5% aplicado aos seus salários, há que juntar os 4,1% engolidos pelo aumento dos preços. Contas feitas, a desvalorização é de 9,1%, praticamente o mesmo do verificado há quase três décadas.

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