A enclavar desde 2005

«São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.»
Professor Agostinho da Silva





07 dezembro 2011

Continua igual a ele próprio...

O ex-primeiro-ministro José Sócrates comentou em Paris a crise na Europa, durante uma conferência com colegas universitários da Sciences Po, onde estuda Ciência Política.

Vejam e ouçam (se tiverem saudades): "Para pequenos países como Portugal e Espanha, pagar a dívida é uma ideia de criança. As dívidas dos Estados são por definição eternas. As dívidas gerem-se. Foi assim que eu estudei", disse.

Este asno é caloteiro assumido!!! Julga que Portugal, estando integrado no pelotão da União Europeia pode ser como a Guiné, a quem as dívidas vão sendo perdoadas, por a sociedade não estar organizada e as pessoas não terem qualidade de vida.

Acham que os países mais ricos nos continuavam a emprestar dinheiro barato para a malta ir de férias para o estrangeiro e ir a bons restaurantes todos os fins-de-semana?

O principal responsável pelo estado a que o país chegou continua a pensar que fez muito bem e gastar sempre e cada vez mais é que é bom, pois eles acabam por perdoar a dívida...

Irresponsável e burro, trata a Espanha como um pequeno país, sendo uma das 5 maiores da Zona Euro.

6 comentários:

Elisabete disse...

Estou atónita!!!! Olha que estivemos muito bem governados!!!

JPG disse...

Quase nem dá para acreditar.

Mas houve quem alertasse há anos atrás...

Anónimo disse...

Eu posso não perceber muito de economia, mas o nosso ex-PM também não arranha muito na matéria. Afinal de contas não é a área dele.

Mas uma coisa é certa, ele está correcto no que disse e só foi mal interpretado pelos alaranjados que não sabem reconhecer que é uma verdade.
Se fossem palavras de Vitor Gaspar, era um dogma!, mas como se tratam de palavras saídas da boca de um sujeito do PS, ainda por cima o Sócrates, é logo um "ai meu deus, ai meu deus, vamos cair-lhe todos em cima!"

Não é preciso ser esperto para perceber o que ele quis dizer.
A nossa dívida não é para pagar já amanhã, até porque não podíamos. É um fardo que se prolonga até aos dias dos netos dos nossos netos. Ponto. Têm é que ser bem gerida (coisa que este sujeito não fez).

Ouvi dizer que a própria alemanha acabou agora de pagar a dívida que devia desde a 1ª guerra mundial! Ainda falta a 2ª, e a ser verdade têm uma dívida efectiva de cerca de 7 biliões.
Esta dívida não é para pagar. É para se ir pagando...

Foi isto que o sr. engenheiro quis dizer e só não entende quem não quer. Tirem lá a pala dos olhos e comecem a ver que os que nos rodeiam também dizem coisas certas, não são só os srs. da cor do nosso partido.

JPG disse...

Vindo da boca de quem sempre "empurrou os problemas com a barriga" e que poucas semanas antes de pedir ajuda, garantia que esta não era necessária...

Confundir dívidas de guerra com as dívidas soberanas contraídas gradual e paulatinamente parece-me um erro grave (talvez as palas não estejam bem afinadas...)

Numa altura em que é crucial dar confiança a quem nos emprestou dinheiro, afirmar que "pagar dívidas é coisa de crianças" é irresponsável, independentemente das interpretações alaranjadas, vermelhas ou cor-de-rosinha.

Graças a ele é que os nossos filhos e os nossos netos terão dívidas enormes, pois se a preocupação em pagá-las começasse há mais tempo, em vez de praticamente a ter duplicado nos 6 anos em que (des)governou este país, a dívida seria bem menor.

Anónimo disse...

Oh amigo, claro que essas dívidas não se podem colocar na mesma categoria. Mas tal como um crédito habitação ou a dívida na mercearia da esquina, ambas têm que ser pagas!

Se bem que há dividas das quais eu duvido... acha que o sr. duarte lima vai pagar integralmente aquilo que deve? Eu duvido muito.

No seu texto diz ainda "Numa altura em que é crucial dar confiança a quem nos emprestou dinheiro..."
Oh JPG, você vê as mesmas noticias que eu? Os mercados e agências de ratings estão-se nas tintas para esta confiança. Foi o próprio Passos Coelho a referir há pouco tempo que tinha levado um murro no estômago, depois do esforço que fez. A imagem de Portugal está tão decrépita desde os anos 80 que não há maneira de criar uma boa imagem nos mercados. Agradeçam à classe politica que tivemos e temos. É a realidade.

E o que adianta deixarmos-nos espezinhar pela Merkel para tentar dar uma boa imagem do país, quando na verdade essas agências fazem o que querem?
E acha que era agora que elas iam ligar ao palerma do Sócrates e ao que ele diz? O que ele disser a partir de agora é irrelevante para os outros europeus.

A seguir diz "Graças a ele é que os nossos filhos e os nossos netos terão dívidas enormes".
Ah! É só graças ao sócrates? Então a Merkel que também muito aumentou a dívida alemã desde 2005 é uma santa. Já podia ter dito. Mas veja bem a situação. Com a desgraça dos outros, a alemanha ri agora e enche os bolsos, e têm desde finais de 2010 o valor da dívida a decrescer.

Mas uma coisa é certa. Os nossos filhos e netos pelo menos estudam agora em escolas com muito melhores condições que no nosso tempo. Se calhar até há mesmo males que vêm por bem.

Mas tem razão ao dizer que a preocupação em pagá-las começasse há mais tempo a dívida era menor. Mas a dívida colossal de um país sem petróleo e cujos recursos foram destruídos há 20 anos por um sacana que agora é a figura máxima do estado, não se pode pagar em poucos anos. Querem milagres?

Quanto às palas nos olhos, não quero também ser mal interpretado. Refiro-me à falta de visão e compreensão de opiniões mais à direita e esquerda.
Já o Enclavado, que se diz "liberal", desde há muito me parece que têm a mira afinada ao socrates, mesmo quando ele têm razão, e não quer admitir.

JPG disse...

Tem razão?

Se até concordo com muito do que escreveu neste comentário, desse "remate" sou de todo discordante.

Quantas vezes leu aqui que Duarte Lima, Isaltino Morais e muitos outros (dos vários quadrantes) deviam ser espoliados dos seus bens para pagarem o que nos roubaram? Várias, certamente!

Relativamente ao primeiro ministro que trocou a agricultura e pescas por subsídios, teve a sua quota parte da culpa, sim!

No entanto, na altura as alternativas não eram muitas pois Portugal (pela mão de Mário Soares) tinha acabado de aderir à U.E. e nada podia exigir.

Foi um erro estratégico que já agora (aproveitando o que escreveu) ainda assim, permitiu que tivessemos muito melhores estradas e hospitais do que nos tempos dos nossos pais.

Há males que vêm por bem?!?!

Cumprimentos.