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«São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.»
Professor Agostinho da Silva





18 setembro 2012

Receita vs despesa

O nosso problema é falta de receita, mais do que excesso de despesa.

Na minha opinião, não é que paguemos poucos impostos, há é poucos de nós a pagar impostos. 

Ou por outras palavras, há muitos de nós a fugir aos impostos.

Aqui está a nossa despesa - como podem ver, é ligeiramente inferior à média europeia.

 Já a receita está bem abaixo da média europeia.
 
A máquina fiscal (apesar dos vários cruzamentos de informação postos em prática nos últimos anos), ainda não consegue acompanhar o "xico-espertismo" tuga.

A economia paralela atinge valores impressionantes, de tal forma que se ninguém fugisse ao fisco, todos pagaríamos cerca de metade de impostos.

Mas os "tugas" gostam de enterrar o Estado (todos nós) sempre que podem, meter cunhas logo que lhes seja permitido e depois achar que aqueles que de entre nós são eleitos para governar são diferentes do "maralhal" (em alguns casos são diferentes... são mais escorregadios).

3 comentários:

Anónimo disse...

No topo dessas fugas temos um numero incrível de pessoas que conduzem o carro do trabalho a nível particular e não pagam imposto por usufruírem desse bem

Álvaro disse...

Engraçado ver como as receitas dos países são inferiores às despesas, não vi um a um mas a média fala por si. Estes gráficos são mesmo do total de receitas e despesas?

Quanto ao problema que colocas, é muito bonito ver manifestações a pedir para saírem do governo mas há um problema nisso e aproveito para citar o Dias da Cunha: "Substituir treinador é insistir nos erros". Enquanto não se mentalizarem que todos temos de trabalhar para isso independentemente do que se passa com os lá de cima isto não vai para a frente. E não é a pedir novos políticos que isto lá vai.

Quanto ao Passos, assim de repente penso que está a levar a coisa demasiado a sério e ainda não consegui perceber como reduzindo poder económico se geram mais lucros e circulação monetária. Penso que é um paradoxo que só as Nações Unidas estão contra. Preciso de um economista para me explicar porque parece estarem todos de acordo e eles é que estudaram isso, não eu.

Já agora recomendo este vídeo: http://www.ecb.int/ecb/educational/pricestab/html/index.pt.html

JPG disse...

Quanto ao carro do trabalho (computador, telemóvel, internet, etc.), o Louça uma vez lançou a ideia de taxar isso como rendimento para o trabalhador. Quase que o comiam vivo (foi das poucas vezes que o vi ficar sem a típica resposta pronta). Já várias vezes o escrevi, julgo que devia ser taxado, afinal é rendimento, embora não com a mesma percentagem do vencimento, afinal não se trata de dinheiro.

Alvarinho por as receitas serem inferiores é que há deficits, caso fosse ao contrário teríamos superavit (a palavra soa esquisito pois nunca conseguimos atingir tal fenómeno).

Vou ver o vídeo nas calmas.

Abraço!