A enclavar desde 2005

«São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.»
Professor Agostinho da Silva





12 outubro 2012

Só para que conste...


Os professores são apenas as Educadoras de Infância e as do 1º Ciclo (ou seja, as de regime de monodocência).

4 comentários:

Elisabete disse...

Tens alguma explicação para isso? Antigamente, reformavam-se mais cedo porque não tinham a redução letiva como nós, o que já não acontece, há uns bons anos. Quer dizer, temos mais alunos, mais trabalhos para corrigir, mais complexidade nos conteúdos e nos reformamos MAIS tarde!!!!

JPG disse...

Temos as vantagens de fazermos uns intervalinhos e mudarmos de turma durante o dia.

Quem tem uma turma difícil, passa o ano inteiro apenas com essa e será muito desgastante.

Já as Educadoras de Infância aos 65 anos, acredito que estejam saturadas, pois bebés com o ruído do choro, por exemplo...

São mais avós do que mães e é suposto as creches e os infantários serem os "substitutos"/"complementos" dos pais.

Enfim, cada caso é um caso...

Beijinho

JPG disse...

Trabalhar com crianças de 3 anos, o dia inteiro, durante todo o ano, com menores períodos de interrupções lectivas, deve ser obra!!!

Por muito exigente que seja (e é), em termos científicos, nós podemos variar do 5º ao 12º ano e também nas disciplinas a leccionar (no meu grupo disciplinar, podemos dar ciências, jardinagem, biologia, geologia, química aplicada, nutrição, ecologia, higiene alimentar, e muitas, muitas outras) o que nos tira a parte da saturação.

Só o facto de durante o dia mudarmos de turma para turma, já quebra a rotina e a monotonia (no meu caso e de muitos outros professores, até mudamos por 3 ou mais escolas no mesmo dia), ou seja, é cansativo, mas dinâmico.

Por isso eu terminava com a frase "cada caso é um caso", pois tenho consciência que algumas educadoras (por exemplo), passam uma vida inteira sempre com o mesmo nível etário e a saturação é enorme.

PA disse...

Eu, apesar de ter tirado uma licenciatura em História (fascinante), de ter experimentado o jornalismo durante três anos (adorei!), de ter trabalhado numa repartição e finanças e no Centro de Estudos de Formação Autárquica durante mais de um ano, de ter sido secretária numa empresa de construção durante meses, de já ter experimentado o gosto de escrever livros (alguns publicados), de estar a concluir o mestrado no ensino do Português, sou professora do 1º ciclo por vocação e não o trocaria por nada. Mas... é um grande desgaste diário. Se têm dúvidas, perguntem a professores que experimentaram o 1º ciclo e agora estão no 2º ou outro... Nos outros ciclos há o isolamento de se trabalhar só? Nos outros ciclos lecionam dois ou mais anos de escolaridade (todas as áreas curriculares e não curriculares) em simultâneo na mesma sala? Conseguem imaginar como se faz esse plano de aula? E já não falo em níveis diferentes... Têm de ensinar as crianças a apertar os sapatos, a fechar as calças, a saber se tiram o casaco ou não, a verificar se comem o lanche... a saber endireitar uma folha com as margens no sentido correto, a pegar na caneta e no lápis, a segurar a mão para treinar a letra, a saber a orientação no quadro, etc, etc, etc... e a ser mãe (dia todo com o(a) mesmo (a) professora). E os mapas de leite, da fruta e dos almoços para preencher, o material de limpeza e desgaste que falta na escola (papel higiénico, por ex)e depois as muitas atividades que só no 1º ciclo fazem sentido. E depois vêm as grelhas de observação, as fichas, o apoio individualizado, os testes, etc, etc... Já pode ter havido tempo de boa vida para o 1º ciclo... Pois, não sei!!!!