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«São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.»
Professor Agostinho da Silva





22 maio 2013

O campeonato

1 - O Sporting fez a sua pior época de sempre, chegou (pelo menos segundo a imprensa) a estar em risco de descer de divisão. Teve vários treinadores, tumultos directivos e jogadores completamente desajustados.

Valeu-nos a qualidade dos que ficaram (Capel, Patrício, Rinaudo...) e a garra da formação (Bruma, Tiago...).

Estou convencido que se o Jesualdo chegasse um mês mais tarde, nem à fase de grupos da Taça da Liga iríamos, mas se chegasse um mês mais cedo, estaríamos na Liga Europa.

Foi mau de mais, apenas teve a vantagem de ter começado mal logo de início e ir recuperando, o que tornou as coisas menos dolorosas.

2 - O FCP foi igual a si próprio (desta vez com mais sorte - o Vitor Pereira deve ter uma Santa muito grande...) e entre uma ajuda e uma escorregadela, lá conseguiu manter a invencibilidade e tem o mérito de manter a serenidade até ao fim e não falhar nos momentos decisivos (jogo com o SLB).

Quero acreditar que o jogador do Paço de Ferreira que atrasou a bola no primeiro golo não o tenha feito de propósito. Quero acreditar que o jogador do Paços de Ferreira tocou no James Rodriguez. É que, por muito que queira, não posso acreditar que a suposta falta tenha sido dentro de área. 

Assim, o campeonato acabou em grande. Os campeonatos devem acabar como se espera que decorram desde o primeiro dia.Com um vencedor associado a erros de arbitragem.

3 - O SLB foi vítima de um "Jasus" que tem o mérito de ter colocado a equipa a jogar bem (embora em alguns jogos a sorte, os árbitros e até alguma azelhice dos adversários ajudassem à festa). Galvanizou os adeptos e correspondeu com um futebol de ataque, onde os golos apareciam sempre - mais cedo ou mais tarde.

No entanto, não mostrou humildade (nunca, aliás - nem a dar os parabéns ao campeão nacional) e permitiu (com os seus discursos "de sonho") que os jogadores sentissem que "estava no papo", em vez de transmitir (para fora, pois para dentro, apenas sabemos a festa que fizeram no final do jogo com o Marítimo e a comemoração do golo no Dragão) que nada estava ganho. Até o pode ter dito, mas nunca com convicção. Nem podia. Pois não a tinha. Ele acha mesmo que é o maior e apesar de estar no clube há 4 épocas, de ter um plantel caro (e de qualidade), de ter estabilidade directiva e um adversário fraquinho (Vitor Pereira, pois o Sporting como já escrevi, foi uma sombra), não consegue ganhar o tal 33º que os "benfas" tanto foram escrevendo nas redes sociais.

Concorreu para a euforia dos jogadores e adeptos, que deram e dão azo a gozo.

 


Com as condições que teve nestes dois anos (jogadores de milhões), permitir que o Vitor Pereira seja bi-campeão, é obra!!!

No fundo, não foi um líder à altura (cheio de medo no jogo do Dragão - basta ver a forma como a equipa jogou, falta de concentração nos descontos no jogo com o Chelsea e uma planificação de época onde na recta da meta os jogadores "não tinham pernas").

Pôs-se a jeito e assim como seria um dos principais responsáveis pelos sucessos, vejo-o como um dos principais responsáveis pelo insucesso.

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