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«São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.»
Professor Agostinho da Silva





20 setembro 2013

A campanha, como eu a vejo...

Pouca animação!!!

Traduz-se na pouca afluência às apresentações dos candidatos, nas poucas conversas de rua, na pouca actividade política a poucos dias das eleições.

Lá aparece um jantar de apoio ou uma acção mais concertada, mas quase que por obrigação de quem a faz e por conveniência de quem participa.

As pessoas não se esforçam por perceber as ideias (ou as motivações) dos candidatos. Estão fartas!!!

A classe política em geral está desacreditada e os autarcas, apesar de não terem tantas responsabilidades como outros, estão nesse rol.

Em Coimbra acresce o facto de termos na corrida à Câmara o actual presidente, um actual vereador da maioria (que concorreu coligado, mas agora vai a votos a solo) e um ex-presidente que (pelo que ouço) não deixou muitas saudades (embora uma sondagem lhe dê 3,5% de avanço - o que é manifestamente possível de inverter).

Há ainda mais alguns candidatos (dos animais, da Terra, os comunistas e um movimento de cidadãos que depois dos péssimos resultados eleitorais do Bloco de Esquerda, resolveu mudar a sigla - no fundo, a matriz é a mesma do BE).

Todos têm o direito de concorrer e só torna a democracia mais representativa, mas sabemos à partida que o vencedor sairá do "duo" Barbosa de Melo/Manuel Machado.

Claro que há vereação e adivinham-se resultados finais que podem revestir de uma importância crucial a eleição de um vereador pelo CDS, pela CDU e pelo MCC.

Nas freguesias, há dados novos (muitos autarcas lá aceitaram as uniões de freguesias - até porque com freguesias maiores, em muitos casos, as remunerações também aumentam).

Já agora, não estranharam tão pouca contestação popular? Pois, o povo só se manifesta quando é incitado a isso e em muitos casos não o foi, aceitando passiva e bovinamente uma reforma administrativa enorme.*

Por tudo isto, o povo (na sua generalidade), já não quer saber quem dirige os nossos destinos, está triste e sem esperança nos mesmos ou em novos "messias".

À escala local e regional é assim, mas ao nível do país, não será muito diferente. Penso eu de que...

* Em Ribeira de Frades, houve participação significativa numa manifestação em Lisboa (com empenho dos autarcas)

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