A enclavar desde 2005

«São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.»
Professor Agostinho da Silva





05 março 2015

O que vai circulando...

Bem sei que o tema Sócrates estava outra vez "quente" e que o "Chamuças" estava a ser queimado em lume brando pelas suas declarações aos chineses, que levara até à desfiliação de um fundador do PS.

Bem sei que quando não é o Soares a desviar as atenções, a própria comunicação social escolhe o timming para não "malharem" sempre nos mesmos (o Público" tinha a notícia preparada há várias semanas, sobre a irregularidade do PPC , mas escolheu a melhor altura para a lençar). 

Não condeno, em política... é assim! (Tantas vezes fazem ao contrário, safam o PSD e tentam tramar o PS. É normal que assim seja!)

Mas...

Foi dado pouco destaque a mais uma "manif" em Évora. 

Vejamos...

Cerca de 30 pessoas, oriundas de vários pontos do país, iniciaram este sábado à noite uma vigília solidária de apoio a José Sócrates junto à cadeia de Évora, onde o antigo primeiro-ministro socialista está em prisão preventiva. Empunhando cravos e gritando "José Sócrates sempre", os apoiantes do ex-primeiro-ministro concentraram-se cerca das 19h00 junto ao Estabelecimento Prisional de Évora para uma "noite solidária" que, asseguram, se prolongará ao longo de 14 horas, até às 09h00 de domingo. "Sócrates amigo, o povo está contigo", "Sócrates amigo, estamos aqui contigo" e "presos políticos nunca mais" foram outras das frases entoadas pelos apoiantes do ex-primeiro-ministro, que se deslocaram de localidades como Vila do Conde, Porto, Braga, Covilhã, Leiria, Lisboa e Mafra.


Mas entretanto... José Sócrates escapou, entre outros, aos seguintes casos e processos:

A. Sovenco, empresa de distribuição de combustíveis na Amadora, em que foi sócio com Armando Vara, Fátima Felgueiras e Virgílio de Sousa.

B. Progitap, quando trabalhou nesta empresa dos irmãos Geraldes Pinto, na angariação de clientes ( câmaras municipais );. 

 C. Resin, empresa que ganhou várias concessões de recolha e tratamento de resíduos urbanos, alegadamente mediante as ligações a José Sócrates e Fátima Felgueiras; 

 D. Cova da Beira, de aquisição de um terreno polémico para um aterro sanitário, e projecto e selecção de construtoras pelo seu grande amigo António José Morais, a Conegil do seu amigo Santos Silva ganhou o concurso; 

E. Siresp, do seu amigo Horácio Luís de Carvalho (HLC), num contrato polémico, renegociado pelo seu governo, de 485 milhões de euros (e que alegadamente deveria ter custado um quinto desse valor) para o sistema de comunicações das forças de segurança.

 F. Licenciatura em Engenharia Civil na Universidade Independente: releia-se  o despacho das procuradoras Cândida Almeida e Carla Dias, de 31-7-2007, de arquivamento do inquérito por queixa do advogado José Maria Martins sobre alegada utilização de documento falso, o certificado de licenciatura da Universidade Independente, datado de 26 de Agosto de 1996, com timbre com indicativo telefónico « 21 » e código postal com sete dígitos que só vieram a ser criados cerca de dois anos depois; e o rápido despacho de arquivamento, da coordenadora da então coordenadora do  DCIAP Cândida Almeida e da procuradora Carla Dias, datado de 3 de Abril de 2012, datado de 3 de Abril de 2012, sobre a participação criminal do advogado Alexandre Lafayette, em 20 de Março de 2012, estando no tribunal administrativo de Lisboa em análise a eventual declaração de nulidade da sua licenciatura, com base em queixa do ex-vice-reitor Rui Verde, em 29-4-2013.

 G. Freeport, apesar de denunciado, por alegadamente ter recebido 2,5 milhões de euros para licenciamento de um centro comercial, não chegou sequer a constituído arguido, apesar dos indícios e evidências que se podem ler no acórdão de 20-7-2012 e certidão extraída, do Tribunal do Montijo do Círculo do Barreiro, presidido pelo desassombrado juiz Afonso Andrade. 

 H. Face Oculta, onde chegou a ser suspeito por ter ordenado a compra à PT, de Zeinal Bava, dos meios de comunicação nacional que não controlava - TVI, Correio da Manhã e Público.

 I. Taguspark: alegado pagamento de 750 mil euros ao ex-jogador Luís Figo para o apoio deste à campanha eleitoral de José Sócrates nas legislativas de 2009.

Mas está detido "apenas" por por outros casos que Micael Pereira, no Expresso chama de «As sombras de Sócrates»: 

O alegado negócio de venda a si próprio, através do seu amigo Carlos Santos Silva (colocado no Grupo Lena), da casa onde morava sua mãe, na esquina da Rua Brancamp com a rua Castilho, em Lisboa,para justificar a sua fortuna com a herança (que era relativamente modesta) da sua mãe, que terá dado origem ao processo, após "comunicação bancária" (CGD).

O financiamento do seu luxuoso apartamento com «250 metros quadrados (...) à beira do rio Sena», em Paris (que comprou por 2,8 milhões de euros e já pôs à venda por quatro milhões), onde até constou que tinha mordomo, mas «por muitas outras coisas», presume-se mais ainda do que o Correio da Manhã e o Sol (e no passado «O Crime», de José Leite) têm profusamente listado. 

A aprovação, no Orçamento de Estado para 2010, do Regime Excepcional de Regularização Tributária (RERT II) de exoneração de obrigações tributárias mediante o pagamento de 5% ( em vez dos quase 40% que teriam de ser aplicados no imposto sobre rendimento de milhões ) de que, alegadamente, beneficiou ele mesmo (tal como havia feito em 2005), através da vinda a Portugal, nesse ano, para serem benzidos, 20 milhões de euros, depositados no banco suíço UBS, alegadamente obtidos em luvas de negócios corruptos de Estado. 

As alegadas «facturas forjadas» para justificar transferências de dinheiro, num alegado esquema complicado de lavagem de dinheiro que, alegadamente, envolve o administrador da Octapharma Portugal, Joaquim Paulo Lalanda de Castro, para a qual Sócrates trabalharia como Presidente do Conselho Consultivo para a América Latina ( um título pomposo e vazio, à medida de Sócrates...), mais o seu testa de ferro Santos Silva e o seu advogado Gonçalo Ferreira, que alegadamente lhe levantam e entregam todos os meses 10 mil euros em numerário, além de Santos Silva transferir mensalmente 12 mil euros da sua / dele conta para offshore inglesa em nome de Paulo Castro (para pagar a avença da Octapharma a Sócrates, que seria simulada para fisco ver ?). Porque um dos problemas de Sócrates era justificar o dinheiro desbaratado numa vida faustosa, como Felícia Cabrita conta no Sol, de 22-11-2014, « entre viagens de férias, velhos vícios e a renda do andar em Paris », sendo que este utilizaria preferencialmente « no dia-a-dia dinheiro vivo ». 

A alegada participação do motorista de Sócrates no esquema de fornecimento de dinheiro vivo ao ex-primeiro-ministro, João Perna: no CM, de 24-11-2014, « Motorista caçado com malas de dinheiro » e no Público, também de hoje, que titula « Motorista de Sócrates ia de carro levar o dinheiro a Paris », o que fazia periodicamente. O motorista parece ter funcionado como « correio do dinheiro » (DN, 24-11-2014) para Sócrates, que não arriscava o transporte de grandes somas. A equipa de investigação liderada por Rosário Teixeira, e com supervisão do juiz de instrução Carlos Alexandre, usou o método utilizado pela CIA para apanhar Ossama ben Laden: vigiar o correio e seguir os seus movimentos.

Além destes factos, a curiosidade demonstradora da sua personalidade, de, alegadamente, segundo o Sol, de 22-11-2014, ter comprado trinta mil exemplares do próprio livro que publicou «A confiança no mundo», de forma a fazer subir o livro no ranking de vendas nacional.

1 comentário:

Anónimo disse...

AI,AI,AI O TEU QUERIDO LIDER A IR PARA AS MALVAS,EH,EH,EH