A enclavar desde 2005

«São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim, porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.»
Professor Agostinho da Silva





06 outubro 2015

Quem é que pode confiar nesta gente???

Jerónimo de Sousa achou intolerável que Cavaco pensasse convidar o líder da coligação mais votada e simultaneamente do partido com mais deputados, para formar governo.

Tentou atirar com areia para os olhos, ao desviar as atenções por não ter chegado a 20 deputados e a 10% dos votos. De ter sido ultrapassado por um Bloco de Esquerda que mesmo tendo-se fragmentado (Ana Drago, Daniel Oliveira, Joana Amaral Dias, Rui Tavares, LIVRE, AGIR, etc...) conseguiu ultrapassar claramente a CDU, onde até o PAN conseguiu maior votação que o PEV (o tal aliado dos comunistas, cuja Heloísa Apolónia mostra não ter qualquer interesse em defender as questões ecologistas, preferindo o tempo de antena para repetir a "cassete" comuna".


Mas a Catarina Martins, em bicos-de-pés por ter conseguido um resultado surpreendente, embora não ultrapassando 10%, já tem o mesmo discurso.

Então não quiseram assumir compromissos antes das eleições, "desancaram" no PS forte e feio e agora dão a entender que afinal o povo votou maioritariamente neles todos, como se estivessem em uníssono???

Que palhaçada é esta???

A coligação CDU (PCP+PEV), a coligação PàF (PSD+CDS) e o BE (UDP+PSR+...) apresentaram cada uma apenas um programa de governo e foi esse que os portugueses sufragaram no domingo.

Tanto o PS como a CDU ou o BE tinham o seu próprio programa de governo, até antagónico em algumas questões fundamentais - saída do Euro, p.ex. - tiveram o seu próprio tempo de antena, fizeram a sua campanha eleitoral e participaram nos debates individualmente, em alguns episódios, com críticas ferozes.

Agora querem dar a entender que são todos iguais e os portugueses ao votarem num deles, é como se estivessem a votar nos outros todos. Tal é a ânsia de poder...

P.S. - em 2011 PSD e CDS concorreram separadamente e a coligação foi apenas pós-eleitoral, no sentido de assegurar governabilidade ao país, juntando-se o CDS ao partido mais representado na Assembleia da República (PSD), de forma a ter maioria parlamentar. Em 2015 a coligação PàF concorreu enquanto tal, apenas com um programa de governo, fazendo a mesma campanha eleitoral e participando em uníssono nos debates, daí que seja razoável entender-se que foram a força política que mais portugueses escolheram, tanto em votos, como em deputados (de resto, penso mesmo que terão faltado 8 para terem a maioria).

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